As obras de construção do
Lago Beltrão Park estão em andamento. A primeira das três etapas, que inclui a construção
da barragem de contenção principal do lago e a via de ligação interligando os
loteamentos Residencial do Lago e Beltrão Park Residence, através da Rua das
Violetas e Rua Alexandre Gutierrez Beltrão, começou em fevereiro e deve ser
concluída em agosto. Os investimentos municipais nesta primeira fase somam
R$725 mil.
Segundo a Secretaria
Municipal de Planejamento, a segunda etapa, já em processo de licitação, contemplará
a construção da barragem intermediária que irá compor o lago em dois níveis,
formando dois lagos, uma ponte de travessia de seis metros de largura e uma
pequena queda d´água em desnível. A terceira etapa será a complementação
paisagística do lago, com a implantação da vegetação, calçadas de passeio de
pedestres, ciclovia de quase dois quilômetros que interligará o lago a vários
bairros e também ao Museu do Café, margeando a linha férrea, e iluminação
fotovoltaica em toda a sua extensão, e equipamentos, tais como: Academia ao Ar
Livre, playground, bancos, pergolados e iluminação. Mais de R$4,2 milhões serão
investidos nestas fases da obra.
Conforme o prefeito João
Coloniezi, os espaços públicos se tornam cada vez mais importantes no
desenvolvimento sustentável de uma cidade. “Trata-se de uma importante obra que
proporcionará lazer, segurança, valorização urbana e qualidade de vida não
apenas para os moradores daquela região, como também para todos os munícipes”,
ressalta o prefeito.
Relevância
histórica
O Município de Ibiporã foi criado em 1947
(Ibiporã - Terra Bonita) é um nome originário do tupi.
Dada a exuberância da região e as pródigas
terras férteis, não tardou para que chegassem os primeiros desbravadores em
1934. A região era habitada, até então, apenas por alguns índios nômades e
caboclos em suas esparsas roças. Em 1935, o pequeno povoado já contava com 13
casas.
A partir de 1936 o desenvolvimento de Ibiporã foi rápido. Em 20 de julho daquele ano o pioneiro Francisco Gutierrez Beltrão fundava Ibiporã, na época distrito de Jataizinho. E em 20 de outubro de 1938 a cidade passou a distrito administrativo de Sertanópolis, sendo que em 11 de outubro de 1947 foi criado o município.
Como o irmão mais velho de Alexandre, o também
engenheiro Francisco Gutierrez Beltrão
já era conhecido e havia executado para o Governo do Estado levantamentos de
áreas e aberturas de estradas no Sul e Sudoeste, a concessão da área onde hoje
fica Ibiporã foi dada a ele em 1933. Coube à Alexandre implantar o projeto de
colonização.
O modelo de concessões fazia parte de uma
política governamental da época de buscar integrar as regiões inabitadas, por
meio da abertura de estradas e ocupação das terras consideradas devolutas
(desocupadas e desabitadas).
A Gleba Jacutinga (atual Ibiporã) até 1929
fazia parte do território de São Jeronymo [da Serra], conforme a grafia da
época. Depois passou para Jatahy (hoje Jataizinho), que se
desmembrou de São Jerônimo da Serra
em março de 1929 e a partir de 6 de junho de 1934 a área passou a pertencer a
Sertanópolis.
No
dia 1º de maio de 1939 Ibiporã
passou à condição de distrito de Sertanópolis, nascia ali a “Vila Ibiporã” e
somente em 8 de novembro de 1947 é que Ibiporã emancipou-se a município.
Essa é parte da história de Ibiporã que
ilustra e identifica a importância da família Beltrão para o Norte do Paraná e
para Ibiporã. Estabeleceram-se no local
próximo onde está situado o loteamento e a área onde será implantado o lago,
local onde também conservam ainda referências da época como a casa em madeira
onde a família morava. Parte das estruturas e construções existentes nas
antigas terras que produziam café também foi conservada em um terreno da família para no futuro ser
também um memorial dos irmãos Beltrão.
A doação da área para a construção do lago foi
de iniciativa da própria família, e consta no projeto do loteamento residencial
a área destinada para este equipamento que no início da colonização
já apresentava no local vários olhos
d´água, minas d´água e um córrego.