A
rede de serviços de atendimento à mulher vítima de violência está ganhando um
reforço em Ibiporã. Na sexta-feira (31), foi lançada a Coordenadoria de
Atendimento à Mulher de Ibiporã (Cami), em cerimônia realizada no auditório do
Centro Tecnológico do Trabalhador de Ibiporã (CTTI). O evento contou com as
presenças do prefeito João Coloniezi, da secretária de Assistência Social,
Ireny Sorge, da vereadora Mari de Sá, da secretária
municipal de Políticas para as Mulheres de Londrina, Liange Doy Fernandes, da técnica gestora e ex-secretária da
Mulher de Londrina, Nádia Oliveira de Moura, do diretor da UniCesumar em
Londrina, Carlos Henrique Vici, além de representantes da Secretaria da
Justiça, Família e Trabalho (Sejuf), Polícias Civil, Militar e Rodoviária, secretários
e servidores municipais.
O objetivo da Cami é formular, coordenar e
acompanhar as políticas públicas referentes à mulher na cidade de Ibiporã,
trabalhando na defesa de seus direitos e garantindo a plena manifestação de
suas capacidades com autonomia. “O governo municipal quer fortalecer a rede de
serviços de atendimento à mulher vítima de violência, bem como desenvolver um
trabalho psicológico com o agressor e preventivo junto à sociedade”, explica
Ireny. A coordenadora da Cami é a psicóloga Lisa Mitiko Koga, servidora de
carreira do Município.
Segundo
a secretária, o trabalho na Cami será realizado por uma equipe multiprofissional,
formada por psicólogas, assistente social e assessoria jurídica visando à autonomia, valorização e capacitação para o mundo do trabalho,
prevenção e enfrentamento à violência, saúde e bem-estar das mulheres.
“Provisoriamente, a Cami funcionará no Creas, na João Barreto. Porém,
futuramente, o nosso desejo é ter um espaço próprio, um Centro de Referência no
Atendimento à Mulher”, revela Ireny.
O Creas de Ibiporã oferta
atendimento e acompanhamento para mulheres em situação de violência doméstica e
familiar, oferecendo serviços de acolhida, atendimento individual, oficinas
quinzenais, busca ativa por meio de contatos telefônicos e visitas
domiciliares, atividades temáticas em meses comemorativos, articulação com a
rede de serviços e encaminhamentos necessários. “Com a implantação da
Coordenadoria de Atendimento à Mulher, queremos formular ações de engajamento
com vários setores do poder público, Judiciário, Legislativo e Sociedade Civil
que efetivamente fortalecem a rede de enfrentamento à violência e mostram para
as mulheres que não estamos sozinhas nesta luta por respeito, direito e
igualdade”, argumenta a secretária.
Parabenizando
a iniciativa, o prefeito João Coloniezi enfatizou que a Cami é mais uma
política pública colocada à disposição da população a fim de dar um basta à
violência contra a mulher. “A maioria das mulheres sofre calada, por vergonha,
medo ou por não saber a quem pedir ajuda. Mas saiba você, mulher, que é vítima
de violência física, sexual, psicológica, patrimonial ou moral, que estamos
aqui para te acolher, oferecendo apoio e proteção, e te auxiliar a romper o ciclo
da violência”, frisou o prefeito.
Acesso
à informação
Com o aumento dos
índices de violência contra a mulher durante a pandemia de Covid-19, as ações voltadas à prevenção e ao auxílio das vítimas precisam ser
priorizadas. A informação e a solidariedade são importantes instrumentos de
defesa. Por isso, é preciso que toda a sociedade esteja apta a identificar
possíveis casos de violência e também alertar as autoridades sobre essas suspeitas.
Por isso, a Prefeitura de Ibiporã, por meio da Secretaria de
Assistência Social, estabeleceu uma parceria com a UniCesumar em
Londrina, objetivando divulgar
informações a respeito da Lei Maria da Penha – instituída em 2006 e que criou
mecanismos para coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher – e as
formas de combate e denúncia dessa violência, possibilitando a inclusão
informacional de pessoas com deficiências auditivas e visuais. Segundo o diretor da
UniCesumar em Londrina, Carlos Henrique Vici, será desenvolvida uma campanha
(cartilha + vídeo), com tradução do conteúdo em áudio e libras. O material será
disponibilizado em escolas e instituições de ensino superior, além de ser
divulgado para a população por meio das redes sociais “Neste momento, a nossa
intenção é proporcionar inclusão social a muitas mulheres que precisam de
informações, bem como ter suas dignidades garantidas”, comentou Vici.