A
Prefeitura Municipal de Ibiporã autorizou a reabertura da tradicional feira
livre dominical e o funcionamento de lanchonetes, restaurantes e
quaisquer outros estabelecimentos que comercializem gêneros alimentícios para
consumo no local, desde que respeitados o distanciamento social e uma série de
regras sanitárias e de higiene, como forma de
prevenção ao novo coronavírus (Covid-19). Até então, esses estabelecimentos
funcionavam exclusivamente para atendimento de serviços de entrega (delivery) e
retirada no balcão.
As medidas a serem adotadas constam no decreto nº157, de 24 de abril de 2020, publicado no final da tarde desta sexta-feira (24) no Jornal Oficial do Município de Ibiporã (disponível em www.ibipora.pr.gov.br).
Dentre os protocolos de higiene e distanciamento social a serem respeitados estão limitação do número de clientes em, no máximo, 50% da capacidade total do estabelecimento; limitação do número de clientes em cada mesa em, no máximo, 50% dos lugares disponíveis; uso de máscaras de barreira em funcionários e clientes; disponibilização de álcool etílico 70%, e servimento dos produtos em porções individuais ou empratados, levados ao cliente à mesa (self service não é permitido ainda). O decreto não libera o funcionamento de bares que comercializam bebidas com consumo local, no balcão, sem condições de manter o distanciamento social seguro.
A
feira livre, realizada aos domingos na Avenida Souza Naves, poderá funcionar
das 5 ao meio dia, sendo proibido a disponibilização de mesas e cadeiras e
qualquer tipo de degustação ou consumo de qualquer produto alimentício no
local. Além do uso de máscaras e álcool a 70%, recomenda-se a venda dos
produtos já embalados em embalagem plástica, notadamente, hortifrutigranjeiros.
O
decreto proíbe a presença de crianças até 12 anos, inclusive, idosos com mais
de 65 anos, ou aqueles que possuam comorbidades, doenças crônicas como
diabetes, hipertensão, doenças cardiovasculares, insuficiência renal crônica,
doença respiratória crônica, bem como daqueles que tenham contato direto com
pessoas do grupo do risco, evitando-se o comparecimento de mais de uma pessoa
da mesma família na qualidade de consumidor.
Academias continuam fechadas
O
mesmo decreto mantém suspensas as atividades de casas de shows, boates, áreas
comuns, atividades religiosas, exceto para atendimento individual, comércio
ambulante, instituições de educação e de ensino de qualquer
natureza e academias de ginástica.
Comércio de rua
A decisão do governo municipal em flexibilizar o
funcionamento de estabelecimentos comerciais e de prestadores de serviço
baseia-se nas análises do Centro de Operações em
Emergências em Saúde Pública – COESP, grupo técnico formado por profissionais
da área da saúde, Ministério Público e Defesa Civil, responsável por traçar estratégias
e procedimentos na esfera municipal para o enfrentamento da doença.
“Solicitamos
que mesmo que com as medidas de afrouxamento do isolamento social as pessoas
saiam de casa apenas em caso de necessidade e devidamente protegidas,
utilizando máscaras de tecido e fazendo uso do álcool gel ou lavando as mãos
constantemente. É fundamental também que se respeite o distanciamento social.
Já quem pertence ao grupo de risco (idosos e portadores de comorbidades) deve
permanecer em isolamento. Para os comerciantes, o nosso pedido é que cumpram
todas as recomendações dispostas nos decretos, a fim de garantir a saúde e segurança
de si próprios, colaboradores e clientes”, solicita o prefeito João Coloniezi.
“Neste momento de tantas
dificuldades e incertezas, é importante que as pessoas ajam com consciência,
pensando no coletivo. Vai depender da gente como
iremos passar por esta situação. Se cada um fizer sua parte, com toda certeza
será de uma maneira melhor”, enfatiza o prefeito.
Fiscalização
O não cumprimento de quaisquer das medidas estabelecidas caracterizar-se-á como
infração à legislação municipal e sujeitará o infrator às penalidades e sanções
aplicáveis. Além das demais penalidades cabíveis, aos infratores será imposta
multa no valor de R$ 300,00 a R$ 1.500,00.
DECRETO
Nº 157 DE 24 DE ABRIL 2020
Altera
o Decreto nº 126 de 31 de março de 2020, que dispõe sobre medidas de prevenção
e enfrentamento a pandemia decorrente do novo corona vírus - COVID-19 e dá
outras providências.
O PREFEITO DO MUNICÍPIO DE IBIPORÃ, no
uso das atribuições que lhe confere no
art. 64, X, da Lei Orgânica do Município,
DECRETA:
Art. 1º - O art.
10 do Decreto nº 126, de 31 de março de 2020, passa a vigorar com a seguinte redação:
Art. 10. Fica
mantida
a suspensão, por tempo indeterminado, das seguintes atividades:
I - casas de shows, boates, tabacarias, salões de baile e similares;
II - clubes, associações recreativas e
similares;
III - áreas comuns, playgrounds, salões
de festas, piscinas e academias em clubes e condomínios, pesque-pague ou
quaisquer outras áreas de convivência similares, ainda que em locais privados;
IV - missas, cultos e outras atividades
religiosas com qualquer número de pessoas, exceto para atendimento individual;
V - comércio ambulante, food trucks,
barracas de venda de qualquer tipo de produto;
VI –
instituições
de educação e de ensino de qualquer natureza e
VII - academias de
ginástica.
Parágrafo único - As
permissões e proibições previstas neste Decreto poderão ser revistas ou
revogadas de acordo com as necessidades de combate e prevenção à COVID-19.
Art. 2º - Fica
autorizado o funcionamento de bares, lanchonetes, restaurantes e quaisquer
outros estabelecimentos que comercializem gêneros alimentícios para consumo
no local, disponibilizando aos clientes, lavatório com água e sabonete líquido,
álcool etílico em solução a 70% (álcool etílico 70º INPM) em
gel, toalhas de papel não reciclado, com informativo afixado em local de
fácil visualização, contendo orientações de prevenção de contágio e
disseminação da doença, e que deverão adotar às seguintes medidas:
I
– limitação do número de clientes em, no máximo, 50% (cinqüenta por cento)
da capacidade total do estabelecimento;
II
– afixar placa ou cartaz informativo na entrada do estabelecimento, em local de
fácil visualização, com o número máximo de clientes que podem adentrar
simultaneamente o local;
III
– limitação do número de clientes em cada mesa em, no máximo, 50% (cinqüenta
por cento) dos lugares disponíveis;
IV
– fornecimento de máscaras de proteção mecânica para todos os
funcionários, colaboradores e prestadores de serviços, preferencialmente
confeccionadas artesanalmente em tecido, em número suficiente ao fim que se
destina, exigindo e fiscalizando a sua correta utilização, ficando proibido o
uso de máscaras cirúrgicas;
V
– exigência de utilização de máscaras de proteção mecânica pelos
clientes, preferencialmente confeccionadas artesanalmente em tecido, pelo maior
tempo possível;
VI – servimento dos produtos em
porções individuais ou empratados, levados ao cliente à mesa;
VII
– observar organização de mesas, de forma que seja mantida distância de, no
mínimo, 2 (dois) metros entre elas;
VIII
– higienização de mesas, após cada utilização, preferencialmente com
álcool líquido em volume de 70% (setenta por cento);
IX
– proibição de utilização de toalhas, exceto se descartáveis, que deverão
ser trocadas a cada utilização;
X
– desinfecção de copos, pratos, talheres e demais utensílios por meio de uso
de álcool e/ou utilização de equipamento próprio, como máquina de lavar
industrial;
XI
– proibição de utilização de espaços kids, playgrounds, salas de
jogos/diversões ou quaisquer outros espaços similares;
XII
– priorizar os pagamentos diretamente no caixa, disponibilizando um funcionário
exclusivamente para esta operação;
XIII
– instalação e uso de anteparo mecânico fixo nas estações de
atendimentos/caixas, de forma a evitar o contato direto entre atendente e
cliente ou fornecimento de protetor facial (face shield), bem como orientação
formal, exigência e fiscalização da correta higienização das mãos e das
superfícies de toque antes e após cada atendimento, principalmente das
máquinas de cartão.
Parágrafo único - excetua-se
os bares que comercializam bebidas com consumo local, no balcão, sem condições
de manter o distanciamento social seguro (DSS).
Art. 3º -
Fica
autorizada a realização da tradicional feira livre dominical, observados os
seguintes critérios:
I
- a comercialização de produtos na feira livre deverá iniciar às 05h00min horas
e finalizar até12h:00min horas, sendo proibido a disponibilização de mesas e
cadeiras e qualquer tipo de degustação ou consumo de qualquer produto
alimentício no local;
II
- é obrigatório o uso de máscaras descartáveis ou de fabricação caseira pelos feirantes,
e pelos consumidores;
III
- é obrigatória a utilização de álcool etílico em solução a 70%
(álcool etílico 70º INPM) em gel álcool ou líquido pelos feirantes, para
fins de higienização constante;
IV
- é obrigatório o fornecimento pelos feirantes, de álcool
etílico em solução a 70% (álcool etílico 70º INPM) em gel ou líquido
para higienização dos consumidores, e inclusive, é recomendado a venda dos
produtos já embalados em embalagem plástica, notadamente,
horti-fruti-granjeiros;
V
– não é permitido a presença de crianças até 12 anos, inclusive, idosos com
mais de 65 (sessenta e cinco) anos, ou aqueles que possuam comorbidades, doenças
crônicas como diabetes, hipertensão, doenças cardiovasculares, insuficiência
renal crônica, doença respiratória crônica, bem como daqueles que tenham
contato direto com pessoas do grupo do risco, evitando-se o comparecimento de mais
de uma pessoa da mesma família na qualidade de consumidor;
VI
- é proibido sob qualquer circunstância o compartilhamento de instrumentos e
objetos entre os consumidores e/ou feirantes, sendo vedada a utilização de bisnagas,
temperos, copos de vidro, talheres etc., devendo ser utilizado itens
descartáveis;
VII
- recomenda-se, para quem prepara os alimentos, observar as normas sanitárias e
de higienização durante o manuseio;
VIII
- deve ser feita obrigatoriamente a limpeza e higienização freqüente das
superfícies de contanto, dos veículos de transportes, locais de
acondicionamento de produtos, equipamentos e utensílios. Para desinfecção das
superfícies, pode ser utilizado a solução de hipoclorito de sódio a 1%, ou
seja, água sanitária na diluição recomendada no rótulo, álcool
etílico em solução a 70% (álcool etílico 70º INPM) em gel, e os
próprios desinfetantes de uso geral.
IX
- o espaçamento entre as bancas de 5 metros e entre os funcionários e entre os
funcionários e clientes de pelo menos 1 metro de distância. Podem ser usadas
faixas ou fitas para demarcar os limites.
X
- afastamento das atividades, de comerciantes que estejam nos grupos de risco,
como idosos com mais de sessenta e cinco anos, ou que possuam comorbidades doenças
crônicas como diabetes, hipertensão, doenças cardiovasculares, insuficiência
renal crônica, doença respiratória crônica, bem como daqueles que tenham
contato direto com pessoas do grupo do risco;
XI
- disponibilizar para as atividades da barraca, com uma pessoa responsável
exclusivamente para realização de operações de caixa/recebimento, observando
no local de pagamento, o distanciamento seguro entre consumidores e feirantes
XII
- Evitar aglomerações organizando o fluxo de pessoas e locais de entrada e
saída;
Art. 4º Fica autorizado o
funcionamento de empresas da construção civil e as atividades de profissionais
responsáveis pelas obras de construção civil, que deverão adotar as seguintes
medidas:
I
– adotar procedimento de higienização na entrada do canteiro de obras,
disponibilizando lavatório com água e sabonete líquido, álcool
etílico em solução a 70% (álcool etílico 70º INPM) em gel, toalhas de
papel não reciclado, com informativo afixado em local de fácil visualização,
contendo orientações de prevenção de contágio e disseminação da doença;
II
– adotar sistema de escalonamento para entrada e saída dos trabalhadores na
obra, de forma a evitar a aglomeração, inclusive na via pública;
III
– realizar higienização contínua com álcool 70% (setenta por cento) dos
Equipamentos de Proteção Individual dos trabalhadores, dos equipamentos de
transporte, ferramentas e materiais;
IV
– montar refeitório em local de fácil e ampla circulação do ar,
preferencialmente em local aberto;
V
– adotar sistema de organização do ambiente de trabalho de forma a garantir que
a distância entre os trabalhadores, seja de, no mínimo, 2 (dois) metros;
VI
– evitar qualquer tipo de aglomeração, ainda que no local destinado à
alimentação ou descanso;
VII
– em caso de fornecimento de refeição individualizada, evitar a formação de filas
e aglomerações, limitando, a utilização simultânea de no máximo 50% da
capacidade total do local;
VIII
– limpar e higienizar todas as cadeiras e mesas do refeitório, antes e depois
da utilização com álcool 70% (setenta por cento);
IX
– não utilizar toalhas nas mesas do refeitório;
X
– realizar higienização contínua e substituição diária dos banheiros químicos, ficando
impedido a utilização de mictórios;
XI
– adotar turnos de trabalho alternativo, evitando os horários de pico no
sistema de transporte no Município.
Art. 5º - Este
decreto entra em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em
contrário.
Art. 6º – Ficam mantidas
as demais disposições do Decreto nº 126, de 31 março de 2020.
Ibiporã, 24 de abril de 2020
JOÃO TOLEDO COLONIEZI
Prefeito