A entidade que recebeu o material foi a “ONG E-Lixo”, de Londrina, que possui um barracão alugado na Vila Portuguesa, onde são recuperados centenas de equipamentos doados, principalmente computadores.

   A ONG montou um estande na feira realizada paralelamente ao workshop e procurou conscientizar os presentes do problema que está sendo gerado com a produção de muito material novo, mas sem a correta destinação dos obsoletos. O correto é os fabricantes assumirem o recolhimento, mas para isso estão tendo que ser notificados judicialmente.

   “Como hoje existe uma rotatividade de tecnologia muito grande, procuramos conscientizar as pessoas que evitem a troca de equipamento se não houver necessidade. É preciso que o usem o máximo possível e não troquem um computador simplesmente por moda”, enfatiza o sócio da ONG e idealizador do projeto, Alex Gonçalves.

   “Temos apenas um ano e meio de existência, mas nosso barracão já está abarrotado de monitores e computadores usados, sendo que muitos são velhos, mas outros 20% são entregues em bom estado e em perfeito funcionamento. São doações de grandes empresas que renovam de uma vez só todo o seu acervo de máquinas e nos entregam as usadas”, explica Gonçalves.

DOAÇÕES A ESCOLAS

   Assim como ele, a ONG E-Lixo é formada por técnicos em informática voluntários que doam parte do tempo do seu dia para recuperar computadores que possam servir a órgãos públicos, escolas, creches ou entidades assistenciais. Em alguns casos, os equipamentos são consertados, remontados e revendidos. E a venda tem o único objetivo de manter a entidade, que emprega três funcionários e tem despesas com aluguel e tarifas públicas, além da segurança.

   Em junho a ONG doou 16 computadores completos para a Epesmel (escola profissionalizante de Londrina), três para o Hospital Universitário da UEL, cinco para a APAE de Londrina e 10 irão este mês para uma creche de São Jerônimo da Serra.