As chuvas que têm caído abundantemente esse ano estão dificultando o trabalho de pavimentação das ruas de Ibiporã e também impedindo o início da execução do asfalto novo em bairros, como o Jardim Canaã. Recentemente, o secretário Valdecyr de Freitas, presidente da Codesi, recebeu a visita de Juliana Maria da Silva, que veio, representando outros moradores, saber os motivos da demora da obra.

   O secretário Valdecyr explicou que o Jardim Canaã foi aberto há mais de dez anos por uma loteadora particular, que não o entregou com asfalto. Ele afirma que a reivindicação dos moradores já é antiga e, mesmo não sendo uma responsabilidade da Prefeitura, a atual administração, em atendimento às necessidades do bairro, assumiu o compromisso de executar o asfalto nesta gestão.

   Para isso, realizou reuniões com os moradores, que assinaram um contrato assumindo que o asfalto seria pago de forma rateada pelos proprietários. O acordo foi firmado, já que houve a adesão de mais de 70% dos moradores.

   Quanto ao atraso para o início (a previsão era agosto), o motivo é o excesso de chuvas, justifica Valdecyr. \"O tempo precisa estar seco para o serviço ser executado. É necessário ter de 10 a 15 dias seguidos de sol para se preparar o solo e isso não está sendo possível. E depois colocado, o asfalto ainda precisa de mais 20 dias para curar\", afirma.

   \"Precisamos esperar um pouco para não correr o risco de jogar dinheiro fora, pois não queremos ter que refazer o serviço. Para quem já esperou tanto tempo, que tenha um pouco de paciência, pois está sendo mais uma questão de intempérie e não de falta de vontade\", solicitou Valdecyr.

EXCESSO DE CHUVAS

   A manutenção das vias públicas tem sido objeto de grande atenção por parte da Administração, porém as equipes de manutenção têm sofrido com a quantidade de chuva. Como já noticiado na edição de 18 de setembro, o volume de chuvas nos últimos meses extrapolou as previsões.

   Segundo a meteorologista do IAPAR/Londrina, Ângela Costa, em julho, por exemplo, eram esperados 58,5 milímetros e acabou por chover 235 milímetros. Para agosto, a média é de 48,7 e choveu 80 milímetros e agora em setembro choveu mais de 180 milímetros, três vezes mais do que o esperado para o mês. Este volume atípico prejudicou o andamento dos trabalhos de pavimentação e em alguns trechos a chuva levou embora o trabalho já realizado.

   Assim como para a realização de asfalto novo, para a operação tapa-buraco também são necessários alguns dias seguidos de sol, porque é preciso que o lugar esteja bem seco e que a massa asfáltica tenha tempo de \'curar\', ou seja, secar. Se chover logo após a realização do serviço, o trabalho fica todo comprometido.

  O prefeito José Maria, que tem demonstrado grande preocupação quanto à condição das vias públicas, relatou estar confiante que com alguns dias seguidos de sol, as equipes da Secretaria de Obras poderão voltar a trabalhar na solução desse problema e que se possa dar início ao asfaltamento do Canaã.