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O número de denúncias sobre ocupações irregulares em imóveis do programa Minha Casa, Minha Vida é grande, porém a apuração desses problemas e a consequente convocação de famílias suplentes é lenta. Alguns municípios têm conseguido acelerar a confirmação dos problemas e repassar as moradias para novos mutuários.
Em Ibiporã, a administração municipal agiu de forma rápida e convocou no final de abril quatro famílias suplentes para ocupar imóveis no Residencial Jamil Sacca, que foi entregue em dezembro do ano passado. A Secretaria Municipal de Assistência Social constatou irregularidades na ocupação, como renda superior ao teto estabelecido, aluguel do imóvel e repasse da casa para familiares.
"Os controles por parte da Caixa são mais demorados, por isso constatamos as irregularidades, informamos ao banco, que tem posse de uma lista de suplentes e homologou as novas famílias, e fizemos a substituição. Agindo desta forma é uma maneira de não deixarmos o programa cair no descrédito", frisa o prefeito José Maria Ferreira (PMDB). De acordo com a prefeitura, mais denúncias de irregularidades estão sendo averiguadas no Jamil Sacca.
A vida aqui está bem melhor aqui no Jamil Sacca
Ibiporã – A maioria das 496 famílias que moram no Residencial Jamil Sacca, em Ibiporã, está feliz com a nova vida. Entregue em dezembro do ano passado, o residencial tem imóveis de 35,8 metros quadrados e foi construído para mutuários incluídos na faixa 1, com renda familiar de até R$ 1,6 mil. Faz parte do programa Minha Casa, Minha Vida e exigiu um investimento de R$ 22 milhões.
A dona de casa Maria Eva dos Santos, de 63 anos, mora com os dois filhos no Jamil Sacca e comemora o fato de não precisar mais pagar o aluguel de R$ 125. "Agora eu pago apenas R$ 25 de prestação e a vida aqui está bem melhor. Eu não tenho nada do que reclamar. A casa é boa, o ônibus passa aqui na frente", frisa. "Onde eu morava era um bairro meio isolado e aqui tem muita gente. Gosto de ficar na janela observando o movimento."
Eliane dos Santos, de 38 anos, que mudou em janeiro para o residencial, relata que chegou a pagar R$ 300 de aluguel para morar na Vila Verde. "Não tenho do que reclamar não. Aqui é um lugar seguro, a coleta de lixo passa direitinho e está bem melhor agora", garante a dona de casa, que mora com o marido na nova casa.
É possível observar pelas ruas do bairro que muitos moradores já fazem melhorias nos imóveis como a construção de muros, garagens e colocação de grades e portões.
O aposentado Aparecido Moreira, de 66 anos, deixou uma casa em área de risco de alagamento, na Vila Pimenta, na divisa entre Ibiporã e Jataizinho, para morar com a esposa e os seis filhos no Jamil Sacca. "Lá a gente sempre ficava com o receio de quando o rio ia subir demais. Aqui, quatro dos meus filhos podem até estudar em tempo integral no Caic", conta o morador, se referindo ao Centro de Atendimento Integral à Criança, localizado próximo ao residencial e que fica ao lado de um posto de saúde.
A notícia que a prefeitura convocou quatro famílias suplentes para substituir mutuários que cometeram irregularidades na ocupação das casas também chegou aos moradores, que apoiam a decisão. "Tem que passar a casa para outra família mesmo, já que tem muita gente que assim como nós precisa de uma moradia e não teve a sorte de ser chamada", ressalta a dona de casa Sueli Alves, de 45 anos. (L.F.C.)
Confira a matéria completa, nos links abaixo:
- Apuração de irregularidades em imóveis é lenta
A vida aqui está bem melhor
http://www.folhaweb.com.br/?id_folha=2-1--2215-20140517
