Saúde

 

Publicado em: 01/12/2014 13:02

Vacinação contra sarampo e polio é prorrogada até 12 de dezembro


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Vacinação contra sarampo e polio é prorrogada até 12 de dezembro Vacinação contra sarampo e polio é prorrogada até 12 de dezembro

 

A Campanha Nacional de Vacinação contra a poliomielite e sarampo será prorrogada até o dia 12 dezembro.  A campanha que terminaria nesta sexta-feira (28) não atingiu a meta de vacinação de 95% do público-alvo e o Ministério da Saúde decidiu orientar estados e municípios para que continuem a campanha.

 

Em Ibiporã, a Secretaria de Saúde também está com uma baixa cobertura vacinal. De acordo com a coordenadora da Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde, Sebastiana Caetano Riechel, até o momento foram vacinadas 61,06% das crianças com idade entre seis meses e cinco anos incompletos foram imunizadas até agora contra a poliomielite. Já contra o sarampo, a cobertura foi um pouco maior - 61,22% das crianças entre um e cinco anos de idade (incompletos) foram vacinadas. "As crianças que não são corretamente imunizadas, correm sim, o risco de ficarem doentes", alerta Sebastiana.

 

Mesmo recebendo em 1994 a Certificação de Área Livre de Circulação do vírus da poliomielite pela Organização Pan-americana de Saúde, o Brasil não deixou de fazer campanhas contra a doença para evitar a reintrodução do vírus no país. "Essa doença é gravíssima. Se infectada, a criança adquire graves lesões e fica com sequelas para sempre, porque são irreversíveis. Com as fronteiras abertas, através das facilidades atuais para viajar para outros países e diversos turistas vindos para o Brasil, a exposição é maior e contrair o vírus não é impossível. A vacina é a estratégia de prevenção mais segura que temos", esclarece a coordenadora da Vigilância Epidemiológica.

 

Já o sarampo é uma doença viral aguda grave e altamente contagiosa. Os sintomas mais comuns são febre alta, tosse, manchas avermelhadas, coriza e conjuntivite. A transmissão ocorre de pessoa a pessoa, por meio de secreções expelidas pelo doente ao tossir, falar ou respirar. As complicações infecciosas contribuem para a gravidade do sarampo, particularmente em crianças desnutridas e menores de um ano de idade. A única forma de prevenção também é por meio da vacina.

Os últimos registros de contágio autóctone de sarampo no Brasil ocorreram em 2000. Em 2013 e 2014, foram registrados casos importados ou relacionados à importação, com concentração nos estados de Pernambuco e Ceará. No mundo, em 2014, foram registrados 160 mil casos da doença, de acordo com a OMS. Cabe ressaltar que, com o fluxo de turismo e comércio entre os países, o risco de importação do vírus é maior, por isso a importância da imunização.

 

Vacinação

 

Os pais ou responsáveis devem levar a criança até o posto de saúde mais próximo de sua residência para que seja realizada a imunização. É importante portar o cartão de vacinação para o profissional de saúde verificar se as vacinas estão atualizadas.

 

De acordo com Sebastiana, devido à baixa adesão à campanha, os agentes comunitários estão realizando um inquérito vacinal das crianças até dois anos. Através das UBSs estamos monitorando o cartão de vacinas dessas crianças e os agentes comunitários, por meio do programa Saúde da Família, estão visitando essas crianças, vendo as carteiras de vacinas, observando se estão em dia. "Aquelas que não estão, os pais são chamados a comparecerem à UBS mais próxima e atualizar as vacinas dos filhos", explica Sebastiana.

 

 A recomendação é que todas as crianças na faixa etária sejam vacinadas contra a poliomielite, pois a vacina oral vale tanto para colocar em dia a vacinação atrasada como para reforço de quem está com o calendário em dia. A VIP (Vacina Inativada Poliomielite), utilizada no início de esquema de vacinação, também estará disponível para crianças com o calendário atrasado, ou seja, que não iniciaram o esquema de vacinação com as duas primeiras doses injetáveis, aos dois e quatro meses de idade.

 

Conforme Sebastiana, as crianças com alergia ao ovo de galinha podem ser vacinadas apenas em ambiente hospitalar, devido a possibilidade de choque anafilático. Já para as quem têm alergia ao leite da vaca, devem evitar a imunização com o produto fornecido pelo laboratório Serum Institutte of India Ltd. A iniciativa é uma medida de precaução, devido à presença do componente lactoalbumina hidrolisada nas doses fornecidas pelo laboratório. "Contudo, as UBSs possuem os produtos de outros dois laboratórios nacionais - Bio-Manguinhos/Fiocruz e Sanofi Pasteur, que não oferecem risco", comenta.