A gestação é o período de desenvolvimento do embrião em feto no interior do útero materno até se tornar bebê. É um momento que mãe e filho precisam de acompanhamento qualitativo, seguro e saudável. Em Ibiporã todas as gestantes recebem esse atendimento da Administração Municipal, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), através da "Rede Mãe Paranaense", do governo estadual.

O programa implantado em Ibiporã, em 2012, tem como objetivo garantir o acesso à atenção materno-infantil, diminuindo a taxa de mortalidade desse público, promovendo ainda o cuidado seguro na gestação, parto, puérperio e acompanhamento do desenvolvimento das crianças até um ano de vida.

O programa busca a identificação precoce da gravidez e iniciar o mais rápido possível o pré-natal. "Procuramos descobrir logo a gestação porque é no primeiro trimestre da gravidez que detectamos as doenças e também é nesse período que conseguimos tratar mais rápido e evitar o agravamento de enfermidades e o óbito da mãe e da criança", esclarece a coordenadora da Divisão de Programas de Saúde, Rosângela Borges. "A captação precoce da gestante é o que proporciona um pré-natal saudável", acrescenta.

A "Rede Mãe Paranaense" propõe a organização da atenção materno-infantil e trabalha com a classificação de risco das gestantes: habitual, intermediário e alto risco. De acordo com a enfermeira e coordenadora do programa Saúde da Família, Leiliane Jesus de Martini Lopes Vilar, a rede de atenção básica do município atende todas as gestantes durante o pré-natal, entretanto, as que não são risco habitual recebem acompanhamento também em Londrina.

"As mulheres classificadas em risco intermediário que envolve, condições sociais como: baixa escolaridade, idade materna abaixo dos 16 anos, envolvimento com substâncias tóxicas, gestantes sem rotinas organizadas, dificuldade estrutural familiar são referenciadas para o CISMEPAR, em Londrina, que é o nosso apoio da 'Rede Mãe Paranaense'. Entretanto o parto é compactuado para ser realizado aqui em Ibiporã", explica Leiliane.

A coordenadora esclarece que as condições patológicas determinam se a complexidade da gestação é de alto risco. "Doenças que as gestantes adquirem durante a gestação, ou antes desse período, como hipertensão, diabetes, problemas cardíacos, renais e psiquiátricos podem se complicar durante a gravidez. Por isso é tão importante fazer o pré-natal corretamente e garantir a saúde da mãe e do filho", afirma ela. As gestantes que se enquadram nessas condições além de serem atendidas em Ibiporã, fazem o acompanhamento também no Hospital das Clínicas (H.C) e o parto é realizado no Hospital Universitário (H.U), em Londrina.

De acordo com a enfermeira, as gestantes de risco habitual fazem todo o pré-natal em Ibiporã e o parto também é realizado na cidade. "Risco habitual é o risco que qualquer mulher gestante pode ter, pois o fato de estar grávida é um risco comum", expõe.

As mulheres grávidas de Ibiporã têm direito às consultas e exames completos de: urina e cultura, tipagem sanguínea, eletroforese de hemoglobina, citologia oncótica (preventivo de câncer do colo de útero) e toxoplamose, testes rápidos de HIV e sífilis, acompanhamento da evolução e saúde da mãe e da criança, além de ultrassom e acompanhamento com médicos e equipe multidisciplinar que as orienta sobre a gestação e o parto por meio dos grupos de gestantes das Unidades Básicas de Saúde, entre outros serviços. Tudo isso através do pré-natal, disponibilizado gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Quando a mãe deixa de fazer o pré-natal, a maior perda é para a saúde dela e do filho. "Quando não faz o acompanhamento correto, aumenta o risco da mulher adquirir uma doença na gravidez e passar para o filho, aumentando as chances de má formação da criança, parto prematuro e até mesmo a morte do bebê e da mãe", explica Leliliane.

A criança é acompanhada pelo pediatra e equipe de saúde regularmente até os dois anos. É avaliado o peso, estatura, alimentação, se está nutrida ou não, se as vacinas estão em dia. As crianças ainda recebem tratamento odontológico gratuito desde que nascem, na Bebê Clínica, de Ibiporã. Assim como as mulheres que também têm o direito do acompanhamento odontológico durante o período gestacional.

 
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Banco Mundial de Saúde

Em outubro de 2014, Ibiporã, microrregião de Alvorada do Sul, Jataizinho, Primeiro de Maio e Assai, foi escolhida para receber a visita de um representante do Banco Mundial de Saúde, que veio até o município para conhecer e assegurar que a "Rede Mãe Paranaense" está dando certo no estado. De acordo com a Secretária de Saúde, Leilaine Furlaneto Rodrigues foram verificados detalhes do atendimento realizado no município, através do programa. "O representante do Banco Mundial de Saúde comentou comigo que se ele tivesse desenhado a lápis não teria conseguido percorrer o caminho que a gestante de Ibiporã percorre", revelou ela. "Nossas gestantes são muito bem cuidadas, digo sempre para a equipe, é uma gestante? Gruda nela, porque o nosso objetivo é ter gestantes saudáveis, por isso estamos realizando mais capacitação dos nossos servidores da saúde e cuidando cada vez mais dessa mamãe e desse filhinho que vai chegar", esclarece a secretária.