Saúde

 

Publicado em: 09/01/2015 12:42

Vacina contra coqueluche está disponível para gestantes nas UBSs


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Vacina contra coqueluche está disponível para gestantes nas UBSs Vacina contra coqueluche está disponível para gestantes nas UBSs

 

Gestantes e recém-nascidos ganharam um reforço extra para proteção contra coqueluche. Desde dezembro, grávidas entre a 27ª e a 36ª têm à disposição nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) de Ibiporã, gratuitamente, a vacina acelular contra difteria, tétano e coqueluche (dTpa). A vacina foi incorporada ao Calendário Nacional de Vacinação pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em novembro do ano passado. As gestantes precisam ser vacinadas até 20 dias antes do parto. É importante levar a carteira de vacinação para checar a necessidade de complementação do esquema vacinal.

 

Segundo a coordenadora da Vigilância Epidemiológica e do Programa de Imunização da Secretaria de Saúde, Sebastiana Riechel, 23 gestantes foram imunizadas contra a coqueluche em dezembro. Uma média de 80 grávidas nesta faixa gestacional devem ser vacinadas mensalmente. "O esquema de vacinação completo da dupla adulto é de três doses (devendo ser reforçada a cada intervalo de dez anos) podendo ser tomada a partir dos 10 anos de idade. Se a mulher não tomou nenhuma dose dessa vacina antes de engravidar, é necessário tomar duas doses da dupla adulto, com intervalo de no mínimo 30 dias e complementar com a dTpa. Caso a mulher tenha tomado uma dose da dT antes da gestação, ela deverá reforçar o esquema com mais uma dose da dT e outra da dTpa. Já para as mulheres que se preveniram com duas ou mais doses da dT, recomenda-se a a dTpa administrada com apenas uma dose. Mulheres grávidas devem tomar uma dose da dTpa em cada gestação, independente de terem tomado anteriormente", explica Sebastiana.

 

A proteção das crianças para coqueluche é feita com três doses da vacina Pentavalente (DTP, hepatite B e HiB), aplicada aos dois, quatro e seis meses de vida. Aos 15 meses e aos quatro anos a criança recebe o reforço com a vacina DTP.

 

A coordenadora explica que a vacina dTpa gera proteção da mãe para o filho. "Além de se proteger, a mãe passa anticorpos para seu filho ainda no período de gestação, garantindo ao bebê imunidade nos primeiros meses de vida até que ele complete o esquema vacinal contra coqueluche, definido pelo calendário básico", afirma Sebastiana.

 

Segundo informações do Ministério da Saúde, houve um aumento significativo no número de casos em todo o Brasil, principalmente em bebês de até seis meses de idade. Entre 2011 e 2013, o Ministério da Saúde registrou 4.921 casos em menores de três meses, 35% de todos os casos do país neste período, que foram 14.128. Essa faixa-etária é ainda mais afetada em relação aos óbitos. No período, foram 204 óbitos, o que representa 81% do total nacional, que foi de 252 mortes. Em Ibiporã, 21 casos de coqueluche foram confirmados em 2014 em crianças menores de um ano, sem nenhum óbito.

 

 

Coqueluche

 

 

Sebastiana informa que a coqueluche é uma doença infecciosa aguda de alta transmissibilidade, sendo uma importante causa de mortalidade infantil. Os principais sintomas são tosse forte, seca e prolongada (mais de 14 dias), febre, cianose (pele com cor azulada) e vômitos. Suas principais complicações secundárias são a pneumonia, otite média, ativação de tuberculose latente, enfisema pneumotórax, entre outras. O tratamento é realizado com antibióticos. Nas UBSs, os casos de coqueluche são acompanhados por seis meses.