Saúde

 

Publicado em: 16/04/2015 12:39

Cuidados com a dengue devem continuar mesmo com início do outono


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Cuidados com a dengue devem continuar mesmo com início do outono Cuidados com a dengue devem continuar mesmo com início do outono

 

Mesmo com menor quantidade de chuvas e temperaturas mais amenas, condições ideais para a proliferação do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue e da febre chikungunya, a população deve manter os cuidados para evitar as doenças. "Há registros da dengue durante o ano todo. O frio não é mais empecilho para a proliferação do mosquito. A única situação que impede o Aedes aegypti de se multiplicar é a seca. Por isso a importância que todos façam a sua parte e não se esqueçam de eliminar a água parada, ambiente propício para a formação de criadouros do mosquito", observa o supervisor municipal de Endemias, Diomar Carvalho.

 

Só nos últimos três meses, quase meio milhão de brasileiros foram infectados com o vírus da dengue, segundo dados do Ministério da Saúde. O número é quase quatro vezes maior do que a quantidade de casos registrados no mesmo período do ano passado, quando 135 mil pessoas foram diagnosticadas com a doença.

 

No Paraná, os casos de dengue já chegam a 8.552, conforme o último boletim da dengue da Secretaria de Estado da Saúde, divulgado nesta terça-feira (14). Até o momento, sete mortes foram confirmadas.  Em relação ao boletim da semana passada, foram quase três mil novos casos. Em Ibiporã, 554 casos haviam sido notificados até o início da semana, com 91 confirmações, todas autóctones (contraídas no próprio município). "O índice de incidência da doença é de 175 casos por 100 mil habitantes, o que coloca o município em situação de alerta para a epidemia de dengue (incidência deve superar os 300% para cada grupo de 100 mil habitantes). Estamos com menos casos do que no mesmo período do ano passado (126), contudo, com cerca de 20% a mais de notificações. Muitos exames estão sob análise", pondera a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Sebastiana Caetano Riechel.

 

De acordo com Sebastiana, os servidores da saúde têm passado por capacitação contínua sobre a dengue, abordando temas como classificação de risco, acolhimento e organização do fluxo de atendimento, tratamento e transmissão da doença. "A partir de agora, outras doenças com sintomas  (febre, dor de cabeça, dor no corpo, no fundo dos olhos, prostração, desidratação, manchas pelo corpo) parecidos à dengue começam a circular com maior intensidade. É importante que aos primeiros sintomas a pessoa procure atendimento e não tome medicamentos por conta própria, o que pode agravar o quadro", alerta a coordenadora.

 

Ações

 

A Administração Municipal também está realizando ações contínuas de prevenção e combate à doença como mutirões de limpeza visando à remoção de possíveis criadouros, educação sanitária, bloqueio de transmissão viral em residências com notificações, aplicação de inseticida, ações educativas em empresas, igrejas e escolas, capacitação de servidores, implantação do teste rápido no município, colocação de 200 armadilhas, conhecidas como ovitrampas, em vários bairros, para evitar a proliferação de novos vetores da doença e planejamento de ações conjuntas com cidades da Região Metropolitana, como Cambé e Londrina.

 

Apoio da população

 

De nada adianta o poder público se esforçar para combater o mosquito, se a população não exercer de fato a cidadania, cuidando do seu espaço e do entorno de sua casa. "A população precisa colaborar limpando o seu quintal, fiscalizando o acúmulo de água em brinquedos, garrafas, pneus, sacos de lixo, vasos de planta, bebedouros dos animais", orienta Diomar Carvalho.

 

 

Previna-se contra a dengue e a febre chikungunya

 

 

Mantenha seu quintal limpo e sem lixo;

 

 Use repelente;

 

 Não deixe o corpo exposto, use roupas que protejam braços e pernas;

 

 Use inseticida dentro de casa durante o dia, principalmente atrás dos móveis e em cantos escuros;

 

 Instale telas nas janelas para evitar que o mosquito entre;

 

Mantenha as portas fechadas;

 

 Lave a vasilha de água dos animais pelo menos uma vez por semana com água corrente, bucha e sabão;

 

Jogue no lixo tudo o que acumula água. Ex.: tampas de garrafas, cascas de ovos, latas, copos descartáveis, plástico de cigarro, etc;

 

 Evite plantas que acumulam água, como as bromélias. Sempre coloque areia nos pratos de todos os vasos de plantas;

 

Tire folhas, galhos e tudo que possa impedir a passagem da água pelas calhas;

 

 Deixe sempre a caixa d'agua fechada;

 

Vistorie reservatórios de climatizadores e bandejas externas de geladeiras

 

 

 

(Fonte: Secretaria Municipal de Saúde)

 

 


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