Educação

 

Publicado em: 08/10/2015 15:19

O circo invade as escolas municipais de Ibiporã


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O circo invade as escolas municipais de Ibiporã O circo invade as escolas municipais de Ibiporã

 

O circo invadiu algumas escolas municipais de Ibiporã esta semana. Entre cambalhotas, formação de pirâmides humanas e malabares, cerca de 800 alunos do 1º ao 5º de seis escolas municipais participaram durante quatro dias de oficinas de técnicas circenses ministradas por meio da parceria da Secretaria de Educação com o curso técnico em Arte Circense do Centro Educacional Marista Irmão Acácio, localizado na Zona Norte de Londrina.

 

Supervisionados pelos professores, 25 educandos, entre 14 e 18 anos, orientaram os pequenos artistas de circo. "Os adolescentes inciaram o curso há sete meses e esta já é a quarta experiência de oficinas em instituições de ensino. Acaba funcionando como um estágio. Eles colocam em prática o que aprendem durante as aulas. Além da questão da saúde, as atividades trabalham o respeito ao próximo, às diversidades, o fortalecimento de vínculos. Além de formar um profissional de circo, formamos um educador, um sujeito integral", ressaltou o coordenador pedagógico dos cursos técnicos do Centro Educacional Marista Irmão Acácio. O curso técnico profissionalizante da instituição é o segundo da área no país. Além do Marista, apenas a Escola Nacional de Circo no Rio de Janeiro oferece curso técnico de nível médio em Arte Circense.

 

Quadras de esportes, salas de aula e pátios transformaram-se em picadeiro para que a criançada pudesse aprender brincando. Na quarta-feira (07) as atividades aconteceram na E.M.Profª. Almerinda Felizetti do Nascimento, no Jardim Éden, para alunos desta instituição e também dos primeiros anos do CMEI Profª Maria do Carmo Galvão Uille. Natan Lemos dos Santos Estevão, 6 anos, se encantou como os malabares, especialmente as varetas. "Está muito divertido.  Já fiz pirâmide humana, dei cambalhotas, brinquei com as claves, as varetas. Adoro circo. Não tenho medo nem mesmo do palhaço", revelou. Adrielly Tomita Bruneli Santos, 7 anos, desafiou o medo e arriscou se equilibar na pirâmide humana e aprender várias técnicas de malabarismo, como claves, swing poi, uma espécie de cabo com fitas na ponta para fazer movimentos espirais e circulares ao redor do corpo, e o diabolô, uma espécie de ioiô. "A gente tá aprendendo várias coisas, movimentando o corpo e ainda se divertindo. É muito legal", comentou.

 

A assessora à Educação Física da Secretaria de Educação, Claudia Guandalini, destacou que a atividade resgata a importância do brincar e desenvolve habilidades e destrezas dos alunos. "Além de aprender de forma lúdica, eles desenvolvem habilidades motoras, lateralidade, concentração, equilíbrio, agilidade, além de reforçar a autoestima e auto confiança ao superar os próprios medos", pontuou a professora.

 

Claudia acrescentou que a inclusão de técnicas circenses nas aulas de Educação Física é mais uma importante ferramenta para os profissionais, uma vez que é uma atividade diferente das outras, o que motiva as crianças. A partir do próximo ano letivo o projeto deve ser ampliado, levando as oficinas de técnicas circenses a todas as 14 escolas municipais pelo menos uma vez por mês.

 

Sabrina Barbosa Barroso, 15 anos, foi uma das pessoas que orientou os alunos durante as oficinas. "Já fazia teatro e estou me identificando com a Arte Circense. Tenho me dedicado ao contorcionismo porque acho maravilhosa esta linguagem do circo contemporâneo, que une diversas artes durante o espetáculo. Com as oficinas estamos descobrindo como é ensinar a fazer circo. É uma experiência enriquecedora. Também aprendemos muito com os pequenos", concluiu Sabrina.