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Publicado em: 26/01/2016 09:54

Governo homologa situação de emergência para Ibiporã


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Governo homologa situação de emergência para Ibiporã Governo homologa situação de emergência para Ibiporã

O Governo do Paraná declarou Ibiporã e outros 24 municípios em situação de emergência por causa das fortes chuvas no Estado. Os decretos municipais de homologação foram publicados nesta segunda-feira (25) no Diário Oficial e abrange as cidades de Reserva, Sabáudia, Jataizinho, Rio Bom, Rolândia, Tamarana, Siqueira Campos, São José da Boa Vista, Presidente Castelo Branco, Wenceslau Brás, Califórnia, Santana do Itararé, Arapongas, Nova Esperança, Pinhalão, Londrina, Ibaiti, Apucarana, Mandaguaçu, Jaguariaiva, Kaloré, Cambé, Figueira, Ibiporã e Salto do Itararé.

 

Na prática, esses municípios ficam aptos a acessar recursos do governo do Estado para reparar os danos causados pelas enxurradas, além de poderem contratar, em alguns casos, serviços de emergência sem licitação e trabalhadores por tempo determinado.

 

A situação de emergência é decretada quando os danos materiais em propriedades privadas são superiores a 8,33% e, em órgãos públicos, de 2,77% da receita corrente líquida anual do município.

 

O governador Beto Richa anunciou, no último dia 19, em visita a Maringá, no Noroeste, a criação de um fundo para ser usado para reparar danos provocados por desastres ambientais no Estado. O anúncio foi feito durante reunião com o ministro da Integração Nacional, Gilberto Occhi. Na ocasião, Richa disse que a estimativa de prejuízos chegava a R$ 100 milhões no Estado.

 

O decreto municipal de situação de emergência foi assinado pelo prefeito José Maria Ferreira no dia 12 de janeiro. Segundos dados do Instituto Agronômico do Paraná (IAPAR), em apenas 24 horas, entre os dias 11 e 12 de janeiro, choveu na cidade 223,6 milímetros - mais do que a média prevista de 218 milímetros para todo o mês.

 

As precipitações afetaram vários pontos da área urbana e rural de Ibiporã, tais como estradas rurais, plantações, malha asfáltica das vias, pontes, queda de muros de empresas, rachadura e danos a maquinários atingidos pela água. Vinte e cinco famílias tiveram que sair de suas residências. Até agora os prejuízos estimados são de R$17 milhões,  entre público e particular.

 

Conforme o prefeito José Maria, o decreto de Situação de Emergência foi necessário para que o município pudesse obter recursos para reparar os danos causados, junto ao Governo Estadual e União. "Entretanto, o decreto não foi apenas para esses reparos.  Com o decreto publicado, os moradores de Ibiporã que sofreram também os transtornos devido à chuva terão facilidades em pedir o saque do Fundo de Garantia para consertar seus imóveis", explicou o prefeito.

 

Ações

 

 

A utilização incorreta dos bueiros que recebem lixo, resto de construção, folhas, entre outros resíduos, quando deveriam apenas serem usados para escoar a água foi sentida durante o temporal. Atualmente o município possuíi1200 bueiros entupidos e com o agravante de diversas galerias pluviais também entupidas. 23 vias do município ficaram alagadas, segundo informações do Corpo de Bombeiros, além de um deslizamento de encosta e outros três pontos apresentaram problemas estruturais.

 

Para evitar novos transtornos referentes às fortes chuvas, a administração municipal tomou algumas atitudes. Segundo o prefeito José Maria, o primeiro passo é a conscientização da importância das galerias pluviais. "Quando estão em bom funcionamento, é possível passar por períodos de intensa precipitação pluviométrica como este, sem grandes prejuízos da malha asfáltica, alagamentos, entre outros, pois a água mesmo mais forte consegue passar pela tubulação sem dificuldades", expõe ele.

 

Todo resto de construção deverá ser depositado em caçambas. Também não serão admitidos resíduos de construção, como por exemplo massa nas calçadas. Todos os lotes do município, mesmo aqueles que não estão habitados terão, por obrigação, calçadas e muretas. Por fim também será fundamental a lixeira suspensa. "Com essa lixeira será evitado, que o lixo colocado na calçada seja levado para galeria, através dos bueiros. Porque hoje grande parte do que é encontrado nos poços de visita das tubulações é o lixo doméstico e restos de construção", esclareceu o prefeito.