Em seu primeiro mandato à frente do Executivo, João Coloniezi assumiu a Prefeitura Municipal de Ibiporã no dia 1 de janeiro. Em entrevista ao Núcleo de Comunicação Social, Coloniezi respondeu a perguntas sobre as primeiras ações da atual administração, situação financeira da Prefeitura e medidas de contingenciamento de recursos, participação popular nas ações do Executivo e a relação com a Câmara de Vereadores. Confira:
1) Quais foram as primeiras ações da atual administração municipal?
João Coloniezi - Estamos organizando as equipes, fazendo a nomeação dos secretários, conhecendo a estrutura de cada pasta, em relação a número e qualificação dos servidores, levantamento patrimonial, ações e projetos em andamento.
2) Por que foi necessário que a Prefeitura suspendesse o atendimento ao público nestas primeiras duas semanas do ano?
João Coloniezi - Para que a contabilidade faça o fechamento contábil e financeiro do exercício anterior. É prudente manter a Prefeitura fechada para que a gestão anterior regularize as contas. Não posso abrir o caixa antes de encerrar o balanço contábil de 2016. Esta situação acabou colaborando com esta fase de transição, montagem da equipe de trabalho.
3) Por conta da grave crise econômica que o país atravessa muitos novos prefeitos estão adotando medidas de contingenciamento de recursos. Qual é a situação financeira da Prefeitura de Ibiporã? Alguma ação prevista neste sentido?
João Coloniezi - O atual cenário político e econômico nacional afeta o Brasil como um todo, e em Ibiporã não é diferente. A população cresce e junto com ela as demandas nas áreas de saúde, educação, moradia. Tínhamos a expectativa de que a economia desse sinais de recuperação no final de 2016, o que não aconteceu. O momento é de muita cautela. É necessário critério na montagem da equipe para não agregar custos adicionais. Houve o cancelamento das Funções Gratificadas (FG) no final da gestão anterior, e agora teremos que ter bons critérios para o seu retorno. Recebi a prefeitura sem dívidas, mas tem sem nenhuma reserva em caixa. Temos que aguardar os repasses estaduais, federais e como será a arrecadação de impostos neste primeiro mês para avaliar o retorno do pagamento da gratificação. Reconheço que é um anseio do servidor. Ele assume mais responsabilidades e é justo que seja remunerado por isso. Por outro lado, o comprometimento da receita com a folha de pagamento está próximo do limite prudencial. Por isso, temos que tomar muito cuidado na gestão de pessoas, porque não existe perspectiva de crescimento da receita, e a folha, por si só, já tem seu crescimento vegetativo (pagamento de anuênios, quinquênios...). Obtivemos a informação de que muitos servidores requereram a aposentadoria no final de 2016 por conta das discussões sobre a reforma da Previdência. Isso cria um vácuo na administração pública. Veremos se estas funções poderão ser absorvidas por servidores do quadro. Caso não seja possível, vamos aproveitar o concurso vigente para nomear novos servidores.
Não faremos a fusão de secretarias. A estrutura da Prefeitura é antiga e enxuta. Neste início, possivelmente, algumas secretarias serão acumuladas por titulares de outras pastas. Outra medida de economia é o reforço no controle de despesas fixas como energia, telefonia, água, combustíveis e material de consumo.
4) O que a população pode esperar da gestão João Coloniezi e Beto Baccarim? Qual será a participação popular nesta gestão?
João Coloniezi - A população costuma confundir administração de portas abertas com cofre aberto. Certamente o prefeito ouvirá a população, fará uma gestão voltada à melhoria da qualidade de vida das pessoas, tentando dar resolutividade a todas as secretarias. Contudo, o momento é crítico e precisamos fazer uma administração firme, centrada nos custos.
5) Como será a relação entre o Executivo e o Legislativo municipal?
João Coloniezi - Já fui cinco vezes vereador em Ibiporã, conheço bem o funcionamento da Casa. Os vereadores querem a atenção do Executivo para atender as demandas do cidadão. E também será esta a nossa linha de atuação. Creio que será uma parceria profícua, na qual o município só terá a ganhar.