A Prefeitura Municipal de Ibiporã, por meio
da Secretaria Municipal de Saúde, promoveu nos dias 28 de novembro e 4 de
dezembro, no Centro Tecnológico do Trabalhador de Ibiporã (CTTI) e no Centro de
Convivência do Idoso (CCI) – respectivamente –, a capacitação “Dengue: manejo
clínico, fluxos e integração entre Vigilância e Atenção Primária”, com
palestras expositivas e trabalho em grupo.
No primeiro dia (28), a capacitação
destinou-se para médicos, enfermeiros, e técnicos ou auxiliares de enfermagem
do serviço de saúde do município. Eles assistiram às palestras “Perfil
Epidemiológico e importância do preenchimento correto das fichas de
notificação” e Manejo Clínico das Arboviroses – classificação de risco e manejo
do paciente”, com o médico da 17ª Regional de Saúde, Flávio Muzzi Sant’Anna;
“Endemias: Trabalho da Equipe de Combate à Dengue”, com o coordenador de
endemias, Aldemar Galassi; “Exames laboratoriais”, com a bioquímica da 17ª,
Juliana Dotti, e “Plano de Contingência da Dengue – 2019 e a implantação de
novo fluxograma municipal”, com a coordenadora da Vigilância Epidemiológica,
Vanessa Luquini.
Já nesta terça-feira (04), a capacitação
envolveu os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e os Agentes
Comunitários de Endemias (ACE). Participaram cerca de 100 agentes, além de
enfermeiros de cada Unidade Básica de Saúde de Ibiporã. De acordo com a coordenadora da
Vigilância Epidemiológica, Vanessa Cristina Luchini, o principal foco da ação
foi promover a integração dos agentes. “Reunimos os ACS e os ACE para
discutirmos a integração entre a Atenção Primária com a Vigilância em Saúde,
tendo foco as arboviroses. Também discutimos a importância em se
trabalhar em equipe, já que se trata de um grande número de servidores, os
quais têm um vínculo bem grande com a população”, explicou Vanessa.
Em relação ao conteúdo programático, a coordenadora destacou o que foi proposto. “A enfermeira Ana Paula, que é responsável pelos trabalhos de Atenção Primária da Regional Norte, desenvolveu atividades de estudos de casos, que abordavam qual a função do colega, ou seja, os ACS analisavam as atividades dos ACE e vice-versa. O coordenador de endemias, Aldemar Galassi, falou sobre o trabalho de campo realizado e, por fim, eu abordei sobre o Plano de Contingência de 2019, que foi elaborado pelo Município e suas secretarias, onde delimitamos ações que devem ser realizadas caso tenhamos alterações no perfil epidemiológico”, explicou Vanessa.
Segundo Sant’ Anna, é importante manter os
profissionais atualizados e sensibilizados sobre o assunto, pois o verão é o
período de maior incidência das arboviroses (dengue, zika, chikungunya e febre
amarela). “O calor e as chuvas mais intensas tornam-se condições propícias à
proliferação do Aedes aegypti, mosquito
transmissor destas doenças. Tivemos nos últimos anos um período atípico de
baixo registro de casos e mortes por estas doenças, visto que as medidas de
prevenção e controle foram tomadas. Contudo, a introdução de um novo subtipo de
dengue, e a chegada da zika e chikungunya em estados que circundam a região,
bem como a manutenção da endemicidade da febre amarela no estado de São Paulo, exigem
que os profissionais fiquem atentos para o diagnóstico correto e controle
vacinal. Apesar de serem doenças virais, elas não têm um tratamento específico,
precisando o corpo reagir. E aí, dependendo das comorbidades, no caso das
gestantes também, podemos ter um desfecho ruim se não fizermos um diagnóstico
precoce”, alertou o médico.
Segundo o setor de Epidemiologia da
Secretaria Municipal de Saúde, desde o início do ano até agora o município registrou
288 notificações da doença e três casos confirmados.