O comitê que discute sobre o uso irregular,
abusivo e indiscriminado de agrotóxicos em Ibiporã realizou, na última
segunda-feira (17), o seu último encontro do ano de 2018, que ocorreu na sala
de reuniões do gabinete Prefeitura Municipal de Ibiporã.
O projeto reúne a Prefeitura, por
meio da Secretaria Municipal de Agricultura, Abastecimento e Meio Ambiente,
Vigilância Sanitária de Ibiporã, Ministério Público, Instituto Paranaense de
Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater), Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária (Embrapa), Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar),
Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e Conselho Regional de Engenharia e
Agronomia do Paraná (Crea).
Durante todo o ano o comitê
institucional realiza o levantamento de informações para formar diagnóstico do
uso de agrotóxicos e definir um plano de trabalho visando à redução do uso de
veneno nas unidades produtivas de Ibiporã, assim como vem sendo feito nos anos
anteriores. O projeto, que integra o Plano Setorial de Ação das Promotorias de
Justiça, vem sendo desenvolvido desde dezembro de 2015.
De acordo com a promotora de
justiça da 2ª Promotoria de Ibiporã, com atribuições na área ambiental, Révia
de Paula Luna, que é quem coordena o projeto, esta última reunião faze um
balanço em relação aos trabalhos realizados em 2018. “Hoje fizemos uma
avaliação dos nossos trabalhos, e os resultados têm sido bem positivos, tanto
na fiscalização, quanto na orientação do uso de agrotóxicos, a procura por
orientação dos agricultores está acontecendo, então as ações estão bem concentradas.
Isso tudo vem em benefício da nossa população, da vida e da saúde do
trabalhador rural”, pontuou.
O diretor de Meio Ambiente, Hélio
da Silva, destacou que a principal conquista deste ano foi, principalmente,
fazer com que produtores mais próximos à zona urbana diminuíssem o uso de
defensivos agrícolas. “Tivemos grandes avanços principalmente na região que faz
divisa com a região urbana do município. Algumas propriedades já estão
conseguindo deixar de usar agrotóxicos. Este é só um dos vários pontos em que o
comitê obteve avanço e tem atuado”, destacou.
O grupo elabora cartas de
intenção e recomendação de trabalho, alertando os produtores sobre os riscos
ambientais e sanitários devido ao uso excessivo de veneno em suas plantações. O
impacto causado pelo uso dos agrotóxicos inclui a contaminação dos alimentos,
danos à saúde pública e ao meio ambiente, tanto no solo como na água que é
consumida. Quando necessário há autuação dos ruralistas.