A
confirmação pela Secretaria da Saúde do Paraná, na semana passada, de dois
novos casos de febre amarela elevando para três os registros da doença no
Estado (dois casos em Adrianópolis, na Região Metropolitana de Curitiba, e um
em Antonina), reforça o alerta para que a população procure as unidades de
saúde para se imunizar. Esta é a única forma
de evitar a infecção, lembrando que a vacina precisa de dez dias para começar a
fazer efeito.
Em Ibiporã, a vacina
está disponível gratuitamente em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) para
pacientes que tenham de nove meses a 59
anos de idade, sendo que apenas uma dose é o suficiente para proteger por toda
a vida. “Caso a pessoa não tenha se imunizado ou tenha dúvidas deve procurar a
UBS de sua referência, tendo em mãos documentos pessoais e a carteira de
vacinação, para que possa ser avaliada a situação vacinal”, orienta a
coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Vanessa Luquini.
Nesta segunda-feira (11)
equipes de saúde iniciaram uma ação nas áreas rurais, visando a avaliar a
situação vacinal e repassar orientações aos moradores.
A vacina é
contraindicada para gestantes, mulheres que estejam amamentando, histórico de
reações anafiláticas a ovo de galinha e seus derivados,
imunodeficiência congênita ou secundária por doença (HIV,
neoplasias), ou por tratamento (uso de drogas imunossupressoras,
radioterapia).
Febre amarela
A febre
amarela é uma doença infecciosa grave que pode ser transmitida pela picada
de dois tipos de mosquitos, o Aedes
Aegypti, ou o Haemagocus
Sabethes.
A febre
amarela silvestre é transmitida
pela picada do mosquito Haemagogus
Sabethes, que pica o macaco Gibão, que frequentemente possui o
vírus circulante no sangue, e depois pica o homem. Já a febre amarela urbana é
transmitida pela picada do mosquito Aedes
aegypti, o mesmo que transmite a dengue. Recomenda-se o uso de repelente para evitar mosquitos, especialmente nas
áreas de mata, onde proliferam os dois tipos de mosquito transmissores.
Os sintomas iniciais da febre amarela são febre alta de
início súbito, associada a dor de cabeça, calafrios, náuseas, vômitos, dor no
corpo e dor abdominal. O problema é que esses sintomas “se confundem com outras
doenças como leptospirose, gripe ou dengue”. Esse é um dos motivos para que a
população, em primeiro lugar, tome a vacina – disponível em todo Paraná – e,
depois, procure atendimento médico aos primeiros sintomas para receber os
cuidados necessários.