A Secretaria
Municipal de Saúde, por meio do Setor de Endemias, divulgou esta semana o
resultado do terceiro Levantamento Rápido do Índice Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) de 2019. O
objetivo do trabalho é calcular a infestação
do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, zika,
chikungunya e febre amarela. Com os resultados do LIRAa, os agentes de endemias
elaborarão estudos e planejamento que orientarão os trabalhos nas áreas mais
afetadas da cidade.
Durante a semana de
15 a 19 de julho, os agentes de endemias visitaram 926 imóveis - 5% do total -
em todas as regiões da cidade. O levantamento apontou um índice de infestação
do mosquito de 0,9%, ou seja, de
cada 100 imóveis visitados, menos de um apresentava criadouros do vetor. O
número é inferior ao preconizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) - de
até 1%. Este é o menor índice de infestação pelo mosquito este ano no
município. No primeiro LIRAa, realizado em janeiro, o índice foi de 3,6%. No segundo
levantamento, realizado em maio, o percentual foi de 1,4%. “Um conjunto de
fatores colaborou para a essa redução. O inverno, caracterizado por
temperaturas amenas e poucas
chuvas, ajuda a diminuir a circulação viral. O poder público também segue com
ações contínuas de prevenção e combate à dengue, tais como ciclos de tratamento
e remoção dos criadouros em 100% do território; trabalho de recuperação das
casas vazias durante a semana e aos sábados; bloqueio de casos, “Bota Fora
(programa da Prefeitura que recolhe móveis, eletrodomésticos e entulhos em
pequenas quantidades em
toda a cidade), limpeza de fundos de vale, trabalhos educativos em escolas,
empresas e igrejas e capacitação dos servidores de saúde para melhor
notificação, diagnóstico e tratamento da doença”, aponta o coordenador de
Endemias, Aldemar Galassi.
De acordo com Galassi, novamente a
maioria dos focos do mosquito foram encontrados nos quintais das casas, tais
como lixo reciclável, tambores de água, vasos de plantas e bebedouros de
animais, ou seja, recipientes que acumulam água e se tornam ambientes ideais
para a proliferação do mosquito. “Não obstante as condições climáticas
favoráveis, os ovos do mosquito podem sobreviver por até um ano e
meio na natureza à espera de condições ideais para eclodir. É neste momento que
devemos redobrar a atenção quanto às medidas preventivas da dengue, eliminando
os criadouros do mosquito. Por
isso, a limpeza dos jardins, varandas e qualquer espaço aberto deve ocorrer, no
mínimo, a cada sete dias. Em 10 minutos já é possível eliminar os criadouros e
evitar que a dengue esteja em sua própria casa”, orienta o coordenador.
Números
da dengue em Ibiporã
Segundo o Setor de Epidemiologia, no
período de 29 de julho de 2018 a 27 de julho de 2019 foram notificados 3.027 casos de dengue, sendo 1028 positivos, todos autóctones, ou seja, contraídos no
próprio município. Neste ano duas mortes foram confirmadas por dengue em
Ibiporã. Com uma incidência de 1.963,48 casos para cada 100 mil habitantes,
Ibiporã ainda enfrenta uma epidemia da doença (a OMS considera haver
epidemia quando um local registra ao menos 300 casos a cada 100 mil habitantes). “Temos a circulação dos tipos 1 e 2
da doença. Pessoas infectadas por subtipos diferentes em um período de
seis meses a três anos podem ter uma evolução para formas mais graves da
dengue”, alerta a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Vanessa Luquini.
Dois casos de febre chikungunya também foram diagnosticados em Ibiporã este
ano.
Sintomas
A orientação
da Secretaria Municipal de Saúde é que aos primeiros sintomas de dengue (febre
alta, dores articulares, musculares e de cabeça, manchas avermelhadas na pele e
indisposição), e chikungunya (febre, dor de cabeça, mal estar, dores pelo
corpo e muita dor nas juntas) a pessoa se dirija à Unidade Básica de Saúde
(UBS) mais próxima de sua residência para que o diagnóstico inicial e a
notificação sejam feitos. Normalmente, os sinais de alarme ocorrem entre o
terceiro e quinto dia, esse é o chamado período crítico para dengue. Tratado
com hidratação e medicação sintomática corretamente, a maioria dos casos evolui
para cura.
FAÇA A SUA PARTE!!!!!
Prevenir
é a melhor forma de evitar a dengue, zika e chikungunya. A maior parte dos
focos do mosquito está nos domicílios, assim, as medidas preventivas envolvem o
próprio quintal e também os dos vizinhos. É simples e rápido combater o Aedes
aegypti. Siga essas dicas:
Garrafas PET e de
vidro: As
garrafas devem ser embaladas e descartadas corretamente na lixeira, em local
coberto ou de boca para baixo;
Lajes: Não deixe
água acumular nas lajes. Mantenha-as sempre secas;
Ralos: Tampe os
ralos com telas ou mantenha-os vedados, principalmente os que estão fora de
uso;
Vasos sanitários: Deixe a tampa
sempre fechada ou vede com plástico;
Piscinas: Mantenha a
piscina sempre limpa. Use cloro para tratar a água e o filtro periodicamente;
Coletor de água da
geladeira e ar-condicionado: Atrás da geladeira existe um coletor de
água. Lave-o uma vez por semana, assim como as bandejas do ar-condicionado;
Calhas: Limpe e
nivele. Mantenha-as sempre sem folhas e materiais que possam impedir a passagem
da água;
Cacos de vidros nos
muros: Vede
com cimento ou quebre todos os cacos que possam acumular água;
Baldes e vasos de
plantas vazios: Guarde-os
em local coberto, com a boca para baixo;
Plantas que
acumulam água: Evite
ter bromélias e outras plantas que acumulam água, ou retire semanalmente a água
das folhas;
Suporte de garrafão
de água mineral: Lave-o sempre quando fizer a troca. Mantenha vedado
quando não estiver em uso;
Falhas nos rebocos: Conserte e
nivele toda imperfeição em pisos e locais que possam acumular água;
Caixas de água,
cisternas e poços: Mantenha-os
fechados e vedados. Tampe com tela aqueles que não têm tampa própria;
Tonéis e depósitos
de água: Mantenha-os
vedados. Os que não têm tampa devem ser escovados e cobertos com tela;
Objetos que
acumulam água: Coloque
num saco plástico, feche bem e jogue corretamente no lixo;
Vasilhas para
animais: Os
potes com água para animais devem ser muito bem lavados com água corrente e
sabão no mínimo duas vezes por semana;
Pratinhos de vasos
de plantas: Mantenha-os
limpos e coloque areia até a borda;
Objetos d’água
decorativos: Mantenha-os
sempre limpos com água tratada com cloro ou encha-os com areia. Crie peixes,
pois eles se alimentam das larvas do mosquito;
Lixo, entulho e
pneus velhos: Entulho
e lixo devem ser descartados corretamente. Guarde os pneus em local coberto ou
faça furos para não acumular água;
Lixeira dentro e fora de casa: Mantenha a lixeira tampada e
protegida da chuva. Feche bem o saco plástico.
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