Saúde

 

Publicado em: 28/12/2020 20:35 | Fonte/Agência: Caroline Vicentini/NCS/PMI

Ibiporã encerra vacinação contra a pólio com 94,78% de cobertura


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Ibiporã encerra vacinação contra a pólio com 94,78% de cobertura Como prevenção à Covid-19, vacinas também foram aplicadas pelo sistema de drive thru

 

Ibiporã imunizou 94,78% do público-alvo da Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite, formado por crianças com mais de um ano a menores de cinco. O município quase atingiu a meta estipulada pelo Ministério da Saúde, que é de 95%. Segundo a Vigilância Epidemiológica da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), foram realizadas 2.508 doses da vacina até o dia 18 de dezembro, data final da campanha iniciada em 28 de setembro no Paraná. O objetivo era imunizar 2.646 crianças. A campanha chegou a ser prorrogada duas vezes.


A faixa etária que atingiu a maior cobertura vacinal foi a de quatro anos - 109,62%. Já as crianças de um ano foram as menos imunizadas – 74,47%. As doses estiveram disponíveis gratuitamente em todas as Unidades Básicas de Saúde, sem a necessidade de agendamento. Para facilitar o acesso da população à vacina e evitar a transmissão da Covid-19, a Secretaria de Saúde promoveu em alguns sábados o “Dia D”, com algumas UBS abertas apenas para atualização da carteira de vacinação e imunização em sistema drive thru no Centro de Saúde.

 

A poliomielite é uma infecção contagiosa causada pelo poliovírus selvagem, que pode afetar os nervos e levar à paralisia parcial ou total. Essa doença está erradicada no Brasil desde 1994, porém, ainda existe a presença do vírus que transmite a doença em outros países, como o Paquistão e o Afeganistão. A vacinação é a única forma efetiva de prevenção, por isso é importante a conscientização da população e a vigilância constante dos profissionais da saúde.


O Paraná não registra casos de poliomielite desde 1986. Neste momento, o Estado possui  14 notificações para paralisias flácidas agudas e, por esse motivo, as equipes de saúde permanecem em constante vigilância à notificação desses casos, que são importantes indicativos epidemiológicos. O objetivo da campanha foi reforçar a importância da prevenção, a facilidade ao acesso das vacinas e reduzir o risco de reintrodução do poliovírus no país.


A vacina contra a pólio faz parte do Calendário Nacional de Imunização e está incluída na rotina dos postos de saúde. O imunizante deve ser administrado aos 2 meses (1ª dose), 4 meses (2ª dose) e 6 meses (3ª dose). Estão previstas ainda doses de reforço aos 15 meses e aos 4 anos de idade.

 

Multivacinação

 

Além da campanha de vacinação contra a poliomielite, ocorreu neste período a Campanha de Multivacinação, cujo objetivo foi atualizar a caderneta de vacinação da criança e do adolescente menor de 15 anos de idade. Foram ofertadas 14 vacinas: BCG que previne as formas graves de tuberculose, a  Pentavalente  que protege contra a difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e influenza B, Rotavírus Humano contra a diarreia,  Pneumocócica 10 contra a pneumonia meningite e otite,  Meningocócica C e ACWY que previne contra meningites, Tríplice Viral contra sarampo, caxumba e rubéola, vacina contra a varicela, vacina HPV que previne alguns tipos de câncer em jovens,  vacinas da Hepatite A e Hepatite B e ainda a vacina contra a Febre Amarela.

 

Sarampo

 

Também se encerrou no dia 18 de dezembro a campanha de vacinação contra o sarampo para a faixa etária de 20 a 49 anos. A dose de reforço da vacina foi uma estratégia do Ministério da Saúde para interromper a transmissão e eliminar a circulação do vírus no Brasil.


Conforme a Vigilância Epidemiológica, das 22.600 pessoas que precisavam ser imunizadas, apenas 3.352 receberam a dose – 14,83% da meta. “Observamos, em 2019, no Paraná, a reinserção do sarampo, doença perigosa e altamente contagiosa que pode levar ao óbito. E o retorno dessa doença, que estava erradicada no país, se deve exatamente pela baixa cobertura vacinal. Para que a população esteja protegida da doença, a cobertura tem que se ser na faixa dos 90%. A vacina é a única forma de se evitar o sarampo. Neste momento de pandemia, na qual precisamos evitar infecções e novas internações, reforçamos a importância da vacinação”, enfatiza a coordenadora da Vigilância Epidemiológica, Vanessa Luquini.


A vacina contra o sarampo integra o Calendário Nacional de Imunização e está incluída na rotina dos postos de saúde. Em Ibiporã, é encontrada gratuitamente em todas as UBSs. Para se imunizar, basta levar a carteira de vacinação, caso a tenha, e um documento de identificação com foto. Não é necessário agendar.

 

Quem deve se vacinar contra o sarampo?

  • Dose zero: Devido ao aumento de casos de sarampo em alguns estados, todas as crianças de 6 meses a menores de 1 ano devem ser vacinadas (dose extra).
  • Primeira dose:  Crianças que completarem 12 meses (1 ano).
  • Segunda dose: Aos 15 meses de idade, última dose por toda a vida.

 

Adulto deve se vacinar contra o sarampo?

Tomou apenas uma dose até os 29 anos de idade:

  • Se você tem entre 1 e 29 anos e recebeu apenas uma dose, recomenda-se completar o esquema vacinal com a segunda dose da vacina;
  • Quem comprova as duas doses da vacina do sarampo, não precisa se vacinar novamente.

Não tomou nenhuma dose, perdeu o cartão ou não se lembra?

  • De 1 a 29 anos - São necessárias duas doses;
  • De 30 a 59 anos - Apenas uma dose.

 

Grávidas podem tomar a vacina contra o sarampo?


A vacina é contraindicada durante a gestação pois são produzidas com o vírus do sarampo vivo, apesar de atenuado. A gestação tende a diminuir a imunidade da mulher, o que deixa o sistema imunológico mais vulnerável e, por isso, a vacina pode desenvolver a doença ou complicações.


O recomendado pelo Ministério da Saúde é que a mulher que faça planos de engravidar tome todas as doses da vacina antes, podendo esta ser a tríplice ou a tetra viral, e mantenha toda a rotina prevista no Calendário Nacional de Vacinação atualizada, para se proteger e proteger o bebê.


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