Entrevista com o prefeito José Maria no dia da inauguração da Escola Municipal Alice Roma, 24/02/12:

O que representa para a administração de Ibiporã poder inaugurar hoje essa escola?

José Maria - Hoje, só de chegar aqui e poder dizer 'muito obrigado' já é um momento feliz. Ter uma obra dessas em pouco mais de 14 meses é um feito. Estamos entregando com certeza uma das melhores obras do Estado do Paraná na área da educação. Estou aqui com o Sr. Paulo Schmidt, que foi secretário municipal de Educação em Curitiba por oito anos, e ele me disse: 'Mudou o conceito da região e do bairro. É uma bela obra que não se encontra facilmente pelo País'. Então, para nós, é uma satisfação podermos neste dia entregá-la ao povo de Ibiporã. Uma escola moderna, com todos os recursos tecnológicos que podemos colocar a serviço da educação. E é bom que se afirme: recurso público do povo de Ibiporã no valor de R$ 4 milhões foram empregados nela. Aqui vamos dar oportunidade ao filho do trabalhador de ter uma educação de alto nível e permitir que tenha acesso ao mesmo nível de igualdade daqueles que têm mais posses. Esse é um dos lemas da nossa administração: educação, saúde e trabalho. E a educação está representada nesta escola feita com carinho e amor, tanto pela equipe da Administração e do Planejamento, quanto pela Secretaria de Educação.

É uma obra para servir de modelo a outras construções de escolas municipais?

José Maria - Nós vamos passar a ter um 'problema', no bom sentido. Todas as demais vão comparar seus níveis com a Escola Alice Roma. Mas com o tempo pretendemos construir mais duas escolas deste nível, neste padrão, para que Ibiporã dê um salto de qualidade em infraestrutura pública de educação. É uma comparação muito alta para que nós possamos caminhar, mas é sem dúvida um desafio muito interessante, porque quando nos propusemos a fazer esta escola muitos também não acreditavam, achavam que era muito grande. Mas hoje a realidade está aí e a escola pronta para servir a sociedade ibiporaense.

Em que consiste esse conceito de escola-modelo?

José Maria - Consiste em tecnologia, ensino em tempo integral e espaço adequado para que o aluno possa exercitar o seu aprendizado, sua convivência. É uma escola que vai fazer com que o aluno e o cidadão tenham mais amor pela educação, mais respeito pelo prédio público que freqüentam, vai fazer com que o cidadão se sinta mais valorizado, referendado pela atenção do poder público, especialmente em bairros de trabalhadores, como é caso do San Rafael, do Santa Paula e do Terra Bonita, cujos alunos estudarão aqui. E essa é uma escola do 1º ao 5º ano. Então, se preparamos uma escola dessas para os primeiros anos, o objetivo é recuperar toda a nossa auto-estima escolar.

Seguindo o exemplo da Alice Roma, é o primeiro caminho para se acabar com a dualidade nas outras municipais?

José Maria - Temos quatro escolas ainda em dualidade administrativa com o Estado. E estamos empenhados em poder acabar com a dualidade. Temos no CAIC, a Escola Estadual Ulysses Guimarães e a Municipal Alberto Spiaci; tem a Escola Helena Kakitane e o Polo; a Carlos Guimarães e o Francisco Beltrão (CEEBJA); e a Escola Aldivina com o Antônio Iglesias. Construindo essas quatro unidades teremos uma separação bastante nítida, com cada aluno e cada clientela podendo freqüentar a sua própria escola, tendo respeito e amor, e cada ente público (Estado e Município) assumindo o seu papel de preservação e de conservação da sua escola.