O Centro de Atendimento ao Deficiente Visual de Ibiporã (Cadevi) fez nesta quarta-feira (30/6) uma apresentação do seu \"Programa de Prevenção de Problemas Oculares\" para diretoras e coordenadoras das escolas e Centros de Educação Infantil do município.

   O programa existe há 21 anos em Ibiporã - foi criado em 1989, inicialmente com turmas de Ensino Fundamental e em 1994 foi estendido à educação infantil. \"É um programa modelo e não tenho conhecimento de outra cidade no Brasil que faça um trabalho destes com crianças desde a idade do berçário\", afirma a coordenadora do programa, professora Maria José Ferreira Gregui. Este ano foram triados 4.464 alunos da rede municipal, dos quais 15% passaram por consulta com especialista.

   A apresentação aconteceu no prédio do Cadevi e reuniu dezenas de profissionais da área da educação, que conheceram os detalhes de como é o trabalho de diagnóstico dos alunos nas escolas e creches municipais. O programa tem a parceria da Prefeitura de Ibiporã, através das Secretarias Municipais de Educação e de Saúde.

   O evento iniciou com apresentações musicais de alunos do Cadevi que participam de cursos na Ceforma, a escola de música da Fundação Cultural de Ibiporã. Em seguida, a diretora do Cadevi, Maria Ivone Ferreira Ranieri, agradeceu pelas presenças da secretária municipal de Educação, Miriam Medre; da diretora da Secretaria Municipal de Saúde, Toshiko Konagai Eik; da chefe do Núcleo Regional de Educação (NRE) de Londrina, Márcia Lopes; da coordenadora do Caesmi, Ivete Semprebom; o presidente da Apasi, Lucas Keller Botti; a documentadora escolar do município, Margareth Coloniezi, e o vereador João Coloniezi.

   A presidente da Apadevi, Luciane Damásio Teixeira, enfatizou a importância da \"parceria com o município\" para a execução do programa. \"Sem ela não teríamos os ótimos resultados que estamos tendo\".

COMO É FEITA A PREVENÇÃO

   A visitação nas escolas acontece da seguinte forma: no início do ano todos os alunos do Pré à 4ª série do Ensino Fundamental são submetidos, na própria escola, ao \"teste de Snellen\", feito por profissionais treinados. \"Aqueles que apresentarem defasagem visual em relação a uma tabela estabelecida são encaminhados para o teste de esqueascopia, feito por um oftalmologista\", informa a professora do Cadevi, Paula Botti.

   E se constatada pelo especialista a ambliopia (conhecida popularmente como \"olho preguiçoso\"), esse aluno da rede municipal é encaminhado ao Cadevi para atendimento de estimulação visual e apoio pedagógico.

   Já nos Centros de Educação Infantil todas as crianças, do berçário ao jardim, passam pelo teste de esqueascopia, feito na própria creche pelo médico e pela equipe do Cadevi.

   \"Esse trabalho de prevenção que fazemos é de fundamental importância. Por meio dele se detecta a deficiência visual, que pode resultar numa dificuldade de aprendizagem por parte do aluno. E se diagnosticado no início, o problema pode ser tratado\", explica a coordenadora Maria José.